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quinta-feira, 21 de maio de 2009

AO MESTRE DO HUMOR MINHA HOMENAGEM "ROBERTO GOMES BOLAÑOS"


A comicidade de Roberto Gómez Bolaños pode ser analisada de diferentes ângulos, desmembrada, disseccionada, criticada, "bitupereada", enaltecida, mas de qualquer ponto de vista ou postura, sempre encentraremos um resultado em comum: nos arranca a potente e inevitável gargalhada, e é impossível ignorá-la. A maioria o cita com orgulho, outros confessam entre dentes e, uns poucos, o negam acaloradamente. Porém o certo é que, sem importar as palavras, Roberto Gómez Bolaños, "Chespirito", o provoca sorriso.
Sem deixar de lado os sentimentos, como os motores de toda emoção perdurável, a comédia por definição desde os clássicos, apela ao intelecto, razão pela qual é tão raro que existam na atualidade boas peças deste gênero, porque para realizá-las, se necessita um método criativo que sem falar, provoque este riso espontâneo, sim, mas inteligente e nitidamente reflexivo. Roberto Gómez Bolaños consegue como ninguém esta proeza e sustêm ainda, a teoria de que o riso é uma manifestação inequívoca de triunfo. Ao obter essa reação, ele consegue o verdadeiro sucesso, compartilhado com seu público.
Por outro lado, algo que também maneja "Chespirito" como escritor, é a comicidade de ação e reação. Essa que por mais que fale, se vê, tanto na tela como em qualquer espetáculo. Ao dizer isto seguramente todos recordamos aquelas magistrais cenas da vila do Chaves, produto de "maus entendidos" físicos, nas que os golpes e pancadas eram dados "sem querer querendo" ao se agachar um personagem para recolher um objeto, golpear com uma vassoura no ombro ou bem se topar simplesmente com o atuante em questão; sem falar dos baldes cheios d'água, que falham sempre em seu objetivo, molhando ao mais incauto. Por vez, rememoramos ao super herói latino, o inigualável Chapolin Colorado, com suas famosas caídas, trancos, tropeços e confusões. Para alcançar o efeito desejado, sem cair na "bobeirada", é necessário ter um domínio absoluto do ritmo na situação, coisa que este genial cômico faz como por arte de magia. Nisso, como em muitas coisas mais, é comparável aos grandes mestres da comédia mundial, como Chaplin; ou o Gordo e o Magro, para citar só alguns.
Não obstante, cabe recalcar que a riqueza deste prolífico autor radica em seu conteúdo. A consistência de seus personagens, o perfil psicológico claramente delineado com valores universais, os diálogos ingênuos, inesperados e naturais.
Assim, podemos situar a análise de seus textos em vários níveis ou camadas, semelhantes a uma cebola, nas que cada telespectador obtêm o que necessita. Se alguém se mantém na superfície, chegará ao riso explosivo e simplesmente recreativo.
Se queres ir mais fundo, se desprende outra camada e se chega a impecável estrutura dos parlamentos, sempre com um depurado manejo do idioma. A maestria das idéias se faz patente com estórias completas, de planejamento, desenvolvimento, clímax e final, enriquecidas por anedotas tanto auditivas, como visuais que dão cor a narração e justificam o entorno.
E, para a degustação acadêmica, pode-se aprofundar no espaço da análise semântica, onde temos muito bem desenhado a mensagem semiótica, que contém implícito um micro-universo, reflexo de várias realidades complexas; como, por exemplo, uma sociedade inteira e bem constituída, como os estrados de classe, os marginais, os intelectuais, os grupos do poder, a política, as batalhas campais, as alianças e as tréguas; todo ele, operando dentro de uma vila comum e corrente.
A maravilha deste processo, é que o criador não se detém a planejar deliberadamente todos estes elementos, senão que chega a conjugá-los como conseqüência de sua capacidade, disciplina e autenticidade, fruto do desejo legítimo e apaixonado de fazer bem seu trabalho.
O anterior é impossível de se medir baixo de nenhum dos parâmetros científicos ou metodologias estatísticas com as que se tem na atualidade, pois é algo intangível e inexplicável. Se chama talento... e reflete claramente na tela. Graças a isso, o meio televisivo perde sua frieza eletrônica e consegue a proximidade afetiva com o telespectador, o mesmo que gera, além do simples entretenimento, a transcendência e o reconhecimento tão declarados por muitos, porém reservado para alguns.
Por ele, e por todos os bons momentos que nos tem presenteado, Roberto Gómez Bolaños é, sem dúvida alguma, o amo da alegria. (TEXTO Extraído de Chespirito.com)

PARABÉNS BOLAÑOS POR SER ESSA PESSOA ILUMINADA...
SEREMOS SEMPRE FÃS DE VOCÊ E DE SUA OBRA...
SINGELA HOMENAGEM A VOCÊ DO ADMINISTRADOR DO BLOG E DE TODOS

CHAVESMANÍACOS POR TODO MUNDO...

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